Projeto Político Pedagógico
O Projeto Político-Pedagógico - PPP é um instrumento que visa a apurar a identidade, o perfil, da comunidade acadêmica do Câmpus São João da Boa Vista permitindo que sejam elaborados parâmetros de trabalho, de gestão escolar, de cursos e de metas que melhor atendam os interesses do nosso público-alvo.
Portaria da Comissão Local de Revisão do PPP
Acesse o nosso Projeto Político Pedagógico - PPP
Documentos
OFÍCIO 23/2021 - PRO-ENS/RET/IFSP
Orientações para Revisão do PPP
OFÍCIO N.º 46/2021 - PRO-ENS/RET/IFSP
Comissão de Revisão do PPP
Adnan Roberto Junqueira Paiva | Discente - Técnico em Automação Industrial |
Andreza Aparecida Barbosa | Docente - Área Gestão |
Carlos Vinicius Fadiga Olivi | Discente - Pós-Graduação em Humanidades |
Diego César Valente e Silva | Docente- Área Informática |
Edson Paulo de Pádua Docema | Comunidade Externa |
Emerson dos Reis | Representante da Pesquisa e Inovação |
Fabiana Leite Rabello Mariano | Docente - Núcleo Comum |
Gabriel Cordeiro Mendes (suplente) | Discente - Tecnologia em Sistemas para Internet |
Gabriel Marcelino Alves | Docente- Área Informática |
Giseli de Souza Lucas | Técnico-administrativo |
Guilherme Manhani Chorro | Discente - Pós-Graduação em Humanidades |
Juliana Gimenes Gianelli | Técnico-administrativo |
Kétura Ventura Moraes Pinheiro | Técnico-administrativo |
Leticia Zavarize | Discente - Técnico em Eletrônica Integrado ao Ensino Médio |
Lia Bissoli Malaman | Comunidade Externa (mãe de aluno) |
Lucas Labigalini Fuini | Representante da Extensão |
Marcio Roberto Martins | Docente - Núcleo Comum e DAE |
Tiago Soares Vitor | Docente - Área Indústria |
Vanessa Pereira Cunha | Discente - Licenciatura em Química |
Eixos Temáticos
A fim de sensibilizar a comunidade escolar e a comunidade externa elencamos links de vídeos explicativos sobre as temáticas abordadas no PPP.
- Gestão Democrática:
Uma gestão democrática deve ser desenvolvida e construída nas instituições escolares baseada na gestão de democrática transformadora do sujeito. Por isso, numa escola deve-se ter a premissa da ação de participação dos sujeitos envolvidos, do coletivo. Nesse sentido, a participação coletiva deve ser entendida dentro de um processo de prática social, sem uma materialidade da qual alguém possa se apropriar. Por isso, a gestão democrática se contrapõe à gestão gerencial, uma vez que essa última pressupõe a competitividade e o individualismo. Assim, no caminho oposto da competitividade, a gestão democrática transformadora se fundamenta no diálogo com o outro, a convivência entre os sujeitos envolvidos. A escola deve promover reuniões para ouvir o aluno, o professor e a comunidade a fim de propiciar condições para que os alunos aprendem. Gestão Democrática é uma forma de gerir uma instituição escolar de maneira que possibilite a participação, transparência e democracia.
Vitor Henrique Paro - Gestão Escolar Democrática - Resumo da entrevista
Gestão Escolar 31 - O que caracteriza uma escola democrática?
- Cidadania:
O termo Cidadania remonta sociedades precedentes à nossa, nas quais bebemos da cultura e conceitos em nosso longo desenvolvimento científico e social. A noção grega de Cidadania, versava sobre as capacidades individuais e requisitos a um sujeito ser considerado cidadão. Aos gregos, ser Cidadão era garantido apenas aos homens que fossem livres, com autonomia financeira e a sabedoria para ser governo e governado, ou seja, atuar nas decisões políticas - termo derivado de Pólis, unidade administrativa grega - era privilégio de parcela ínfima da população grega e não tinham esse status: mulheres, escravos, estrangeiros e plebeus. Aristóteles definiu o conceito como a participação na gestão pública, acessível a poucos. Conceito não muito distinto do romano que garantia cidadania a homens livres, mas apenas cidadãos ativos poderiam participar das decisões políticas, bem como a ideia de participação na gestão pública a poucos na Grécia, destinada ao seleto grupo que participava das Assembleias, uma noção nada universal ou igualitária.
A ressignificação de Cidadania se fez em Hobbes no século XVI, já na Era Moderna, com uma visão determinista de contrato social de igualdade que atribuía ao monarca a responsabilidade e poder de gestão total do Estado, a nova conformação política em desenvolvimento em contraposição ao caos defino por Thomas. O significado de Cidadania mais reconhecido da Era Moderna no entanto, advém da união conceitual da Antiguidade, da teoria Hobbesiana determinista, de Webber com seus preceitos de crítica a sociedade em que se vive e principalmente os pensamentos iluministas. É no século das luzes, que as concepções de Cidadania ganharam os contornos mais definidos e Marshall trouxe proximidade ao significado mais contemporâneo de Cidadania que utilizamos hoje, onde o cidadão é todo aquele que dispõe e deve dispor de liberdade e igualdade no escopo dos direitos civis; direitos políticos para organização, associação e livre reunião política e sindical e direitos sociais que falam pelo bem-estar a garantir educação, trabalho, aposentadoria, saúde e amparo. Preceitos alinhados às reivindicações históricas como a Queda da Bastilha, na Revolução Francesa em 1789, que marcaram o início da Era Contemporânea e exigiam a ampliação desses direitos e deveres sociais que deram forma ao que convencionou-se chamar Democracia na Declaração de direitos do Homem e do Cidadão.
A Constituição Federal brasileira de 1988 carrega o nome de Constituição Cidadã para mencionar seu caráter de participação coletiva para a reconstrução democrática, garantindo ao menos em tese a igualdade entre todos perante a lei. Vale destacar a linearidade incomum do nosso processo mais atual de cidadania através da Constituição de 1988. As garantias sociais, embora longe de se tornarem efetivas, foram as mais destacadas e primeiras a serem adquiridas formalmente. Quanto à cidadania civil e política, só são efetivadas após a transição política da Ditadura Militar à República. O conceito de Cidadania se expressa na Constituição de 1988 nos Artigos 5º e 6º:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade[...]
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição.
Dalmo Dallari explica o conceito de cidadania
Texto anexo ao vídeo: Cidadania por Dalmo Dallari, Jurista formado em Direito pela Faculdade de Direito da USP onde foi Diretor entre 1986 e 1990. Professor Emérito da mesma instituição, Dalmo tem currículo Lattes extenso com livros, artigos, publicações e palestras diversas no Brasil e exterior sobre as temáticas: Direitos Humanos, Constituição, Teoria do Estado, Cidadania, Poder Judiciário, Estado de Direito, Autodeterminação, Democracia e Direito Constitucional.
- Inclusão Social:
"Os argumentos em torno de uma política que privilegia o retardamento do ingresso dos jovens no mercado de trabalho, garantindo-lhes uma renda básica, giram em torno da existência de um cenário de escassez de empregos, do aumento da expectativa média de vida dos brasileiros, da qualidade dos postos de trabalho ocupados por jovens de mais baixa renda. Esses se mostram, em grande maioria, marcados pela precariedade, baixos salários e longas jornadas, podendo comprometer a trajetória profissional, as exigências de maior escolaridade e qualificação que, mesmo não sendo determinantes para a aquisição de uma vaga, tornam-se critérios centrais nos processos de seleção; aponta-se ainda para a possibilidade de libertar os segmentos juvenis, sobretudo de mais baixa renda, da “escravidão” do trabalho. Por fim, esse tipo de iniciativa parece mais consensual quando dirigida a jovens de mais baixa renda, escolaridade e faixa etária menos elevada, mas cabe acentuar a quase ausência de debate em torno de políticas diferenciadas para jovens, a depender da faixa etária". Trecho do livro: Inclusão Social / Protagonismo Juventil (Brasil, 2007)
O dia que MV Bill deixou todo Mundo Calado
- Criticidade, criatividade e inovação:
Ensinar Exige Criticidade - Pedagogia da Autonomia, de Paulo Freire
- Mundo do Trabalho:
Mundo do trabalho é o conjunto de fatores que engloba e coloca em relação a atividade humana de trabalho, o meio ambiente em que se dá a atividade, as prescrições e as normas que regulam tais relações, os produtos delas advindos, os discursos que são intercambiados nesse processo, as técnicas e as tecnologias que facilitam e dão base para que a atividade humana de trabalho se desenvolva, as culturas, as identidades, as subjetividades e as relações de comunicação constituídas nesse processo dialético e dinâmico da atividade. Trecho do livro: "O mundo do trabalho e as organizações: abordagens discursivas e diferentes significados" (Roseli Figaro, 2008)
As novas tecnologias e o mundo do trabalho
- Cooperativismo / Empreendedorismo:
Conheça a história de Will Smith
A importância do trabalho em equipe
- Processo de ensino e aprendizagem:
- Metodologias de ensino:
- Educação Ambiental:
A educação ambiental busca em suas práticas sensibilizar os alunos sobre esta temática visando o desenvolvimento de criticidade quanto às questões socioambientais. De fundamental importância para a formação de cidadãos ativamente participantes, este eixo temático caracteriza-se pela construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, proteção dos recursos naturais e desenvolvimento sustentável. A escola, como ambiente estruturante na sociedade, deve fomentar a problematização destas questões com vistas ao desenvolvimento de ações práticas em que o indivíduo e a coletividade busquem o equilíbrio entre o modo de vida contemporâneo e o respeito aos recursos naturais necessários à vida. Portanto, cabe a esta instituição promover as reflexões, debates e ações práticas e cotidianas para a formação pedagógica que inspire responsabilidade socioambiental através da educação ambiental pautada pela Lei 9.795/1999, regulamentada pelo Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002.
- Direitos Humanos:
Os direitos humanos, comumente confundidos com cidadania, são uma síntese de sua denominação pois, são direitos garantidos a todos os seres humanos em qualquer condição ou lugar do mundo em que estejam ou sejam cidadãos. Nessa lógica, podemos inferir que os direitos humanos se sobrepõem à cidadania e direitos do cidadão, uma vez que esses dois últimos variam de acordo com o Estado em que estão postos.
As relações sociais atuais, são frutos de experiências anteriores, ou em outras palavras, historicamente construídas. Através dos mais diversos processos político-sociais passados ao longo da História os direitos humanos se modificaram para se consolidarem como o são.
Datar essa conquista universal não seria algo tão preciso, todavia atribui-se o surgimento dos direitos humanos nas primeiras noções de direitos fundamentais e liberdades individuais da constituição estadunidense de 1787 após sua independência e na Revolução Francesa de 1789 que se fundava na tríade Liberdade, Igualdade e Fraternidade e a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, fruto da revolução. A Declaração garantia principalmente os direitos de liberdade individual e integridade física e moral, conhecidos como direitos civis, que aliado aos ideais de direitos políticos, sufrágio universal e pensamentos iluministas, deram as bases das constituições modernas de cada novo Estado-Nação surgido depois daquele período. A partir dessas evoluções de pensamento do século XVIII, escravidão e tráfico de escravos passam a ser mal vistas ou proibidas e preza-se pelos ideais de liberdarde. Surgia a primeira geração dos direitos humanos, os civis.
Novos ganhos para esse conceito só viriam no pós Primeira Guerra Mundial, quando aproximamo-nos mais do conceito de igualdade da Revolução Francesa e ampliam-se as exigência pelo bem-estar social sob os Estados como deveres destes com seus povos. A garantia de direitos fundamentais como trabalho, saúde, educação, aposentadoria e amparo, muito próximos ao ideal de cidadania visto desde o século XVIII e que agora figuram na segunda geração dos direitos humanos.
E a consolidação dos direitos humanos como uma cartilha a ser seguida, só viria após 1945 com o final da Segunda Guerra Mundial, marcada por violações e crimes de lesa humanidade. Tais acontecimentos levaram a tribunais de julgamentos das nações responsáveis pelos genocídios como o de Nuremberg e pensou-se na importância de se criar um órgão internacional de vigilância aos direitos humanos. Da união dos países aliados, surge a ONU e em 1960 entra em vigor um regimento que versa sobre direitos humanos, ligados nessa terceira geração ao conceito de fraternidade e solidariedade, na defesa do coletivo, de autodeterminação de povos, direitos transindividuais que vão zelar pelo bem coletivo e investigar as nações que firam esse acordo descumprimento direitos de qualquer uma das gerações para com seus cidadãos. O julgamento dessas ações é realizado em tribunais internacionais e violações como as praticadas na Ditadura Militar brasileira são exemplos de quando devem atuar tais tribunais.
Fala-se atualmente de uma quarta geração dos direitos humanos a surgir em razão dos avanços que temos conseguido e das necessidades que temos. Essa geração estaria a normatizar e garantir direitos socioambientais ao preservar recursos naturais possivelmente escassos num futuro às novas gerações e a determinar direito ao conhecimento por meio do compartilhamento de informações científicas obtidas por países do mundo todo.
- Relações étnico-raciais:
Além de sermos uma sociedade forjada na construção de um escravismo criminoso, a abolição foi realizada sem uma ampla revisão de direitos e necessidades da população negra. Ao contrário, as políticas republicanas sempre foram da “negação do Brasil” e da europeização do país. As políticas cultural e educacional são exemplos importantes deste esforço, onde nós encontramos uma constante “folclorização”, simplismos, desprezo e perseguição à cultura africana e afrodescendente (CUNHA JUNIOR, 2008: p. 7). CUNHA JUNIOR, Abolição inacabada e a educação dos afrodescendentes. In Revista Espaço Acadêmico, nº 89, outubro de 2008. Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/089/ 89cunhajr.pdf
- Pesquisa:
Pedro Demo fala sobre Educação pela pesquisa
- Extensão:
- Avaliação:
Cronograma de Atividades
- Até 17/12/2021: finalização dos links de vídeos e textos explicativos sobre os eixos temáticos (opcionais);
- 13 a 17/12/2021: Disponibilização no site institucional dos vídeos relacionados aos eixos temáticos e divulgação à comunidade a proposta de trabalho de revisão do PPP;
- 17 de dezembro às 15h: data da próxima reunião da comissão e aprovação do cronograma final (ajustes);
- Janeiro a fevereiro de 2022: prazo para revisão dos capítulos de acordo com a aba "geral" da planilha- todos os capítulos;
- Março a junho de 2022: contribuições online via formulário da comunidade para verificarem se estão de acordo com as mudanças revistas no PPP e disponibilização do questionário dos eixos temáticos via formulários;
- Agosto a setembro de 2022: realização de assembleias para contribuições e apresentação das inserções por meio das contribuições da comunidade acadêmica;
- Início de novembro de 2022: Audiência pública da revisão do PPP;
- Final de novembro de 2022: Elaboração da versão final do documento;
- 03 de dezembro de 2022: Prazo final para a entrega do trabalho de Revisão do PPP, de acordo com o OFÍCIO N.o 46/2021 - PRO-ENS/RET/IFSP.
Redes Sociais