Campus São João capacita mais 34 mulheres como operadoras de computador
Ação integra o Programa Mulheres Mil, do governo federal
Pelo segundo ano consecutivo o IFSP - Campus São João da Boa Vista promove cursos pelo Programa Mulheres Mil, que busca qualificar pessoas em situação de vulnerabilidade social, trabalhando por sua emancipação social e a autonomia financeira. Desde agosto 34 mulheres, referenciadas pelo CRAS Nova República e CRAS Durval Nicolau, participam da capacitação para Operadora de Computador. “Queremos estimular a inclusão educacional e social e trazê-las para o mercado trabalho. No programa, elas adquirem competências quanto à utilização de sistemas operacionais, aplicativos e periféricos, organização de dados e sistemas computacionais, que são um diferencial muito grande na formação profissional”, explica o professor Paulo Evaristo, um dos responsáveis pela ação.
O curso, de quatro meses, tem 160 horas, é presencial e voltado a maiores de 16 anos. Há uma bolsa formação para as estudantes, que chega a R$ 600,00 - condicionada à frequência das alunas, que ainda ganham lanche e condução, fornecidos pela Prefeitura Municipal.
Foram ofertadas 50 vagas inicialmente e é necessário obter-se a nota mínima de 6,00 na avaliação final para ser aprovado. A certificação será emitida pelo IFSP com a designação Operadora de Computador. Porém, a atividade ainda engloba uma série de outras disciplinas como: Cidadania, Gênero e Direitos da Mulher, Ética e Relações Humanas, Saúde da Mulher, Qualidade de Vida, Oratória, Leitura e Produção de Texto, Matemática, Direitos e Deveres da Trabalhadora entre outros temas.
Para o diretor-geral do Campus, professor Diego Valente, “o projeto é muito importante e contribui com a sociedade que mais precisa de informação e educação. Contamos com diversos trabalhos voltados à comunidade, como os realizados em presídios para ressocialização; a curricularização da extensão, voltada às escolas públicas com musicalização etc. Queremos trabalhar com a comunidade que mais precisa, e que isso seja constante em nossa instituição de ensino”, explicou.
Gabriela do Prado Giraldi, professora de Matemática e Educação Financeira, destacou que “a disciplina pretende prepará-las para a conscientização do consumo, para que consigam equilibrar e controlar o orçamento familiar. Acredito que o programa, com suas diversas temáticas, que são discutidas ao longo das semanas, trará maior protagonismo às vidas delas”.
As alunas falam...
Rosenilda Alves dos Santos, do Resedás I, participa pela segunda vez do Mulheres Mil. Segundo ela, “é uma oportunidade para se aprender mais. Estou gostando de tudo e pretendo com o fim do curso buscar uma oportunidade no mercado de trabalho”.
Maria Cristina Irene de Lima, do Resedás III, disse que está sendo muito positivo. “Pra gente é muito bom conhecer coisas novas. Quero conseguir um serviço na área. Estive aqui também no primeiro Mulheres Mil e pude melhorar minha renda com o que aprendi”.
Neide Maria Lucas, do Jardim Crepúsculo, participa pela primeira vez. “Eu tinha computador em casa, mas meus filhos não tinham paciência de me ensinar. Daí, quando vi que o curso ia abrir, não perdi a oportunidade. Estou aposentada e procuro sempre aprender mais. Quando falaram da oportunidade no CRAS eu não pensei duas vezes”.
Produção de sabonete artesanal
Em janeiro deste ano o Campus São João atuou com um grupo de mulheres do bairro Resedás, no projeto de Agentes de Desenvolvimento Cooperativista, que acontece desde 2023. Elas foram capacitadas com com oficinas de produção de sabonete artesanal e aromatização, além de participarem de dinâmicas, palestras, rodas de conversa e até visitas técnicas sobre produção de alimentos de forma sustentável.
Saiba mais sobre as ações do Campus São João no Programa Mulheres Mil
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